segunda-feira, julho 14, 2008

Colapso

Deve haver dentro. Algo universal há.
Por favor, Senhor, se há, saia de mim. Porque preciso saber se além da dor da fria poesia corrosiva que prometi existe algo, pois, Senhor, duvido. E deixo a dúvida ser minha Deusa.

Pega-me, Senhor, pela mão e me guia para perto.
Já que falei do centro da vida, do centro da alma, do centro sujo da poesia onde eu arrisco minha vida, onde eu arrisco minha alma e arrisco meu Deus.

Há vida além de mim me contaram, mas eu ignorei quando o menino me falou.

Dentro do outro há o outro.
Mas no outro não há.

- PAUSA –
Na minha morte eu vivi
- PAUSA –

Um milhão de abelhas zumbirão, mas eu sempre direi.
De todas as minhas palavras – a minha favorita – aquela que meu corpo canta.

NÃO

D E S C O N H E C I M E N T O

centro

DESVIDA

D E U S

Não viva

em mim

Palavras do sonho:
Não chore silencioso.
Não morra quieto.
Não viva fumacento.
Não seja.

Deus de mim eu vi no espelho de tua face.
E morte fui.

Nos momentos divinos de mim:
Carnificinamente comológico.

Deus, livra-me dos pecados da carne.
Livra-me de riscar papéis com algo que não entenderei.
Deus, escuta-me.

Escuta-me.

Escuta.

Tito de Andréa

3 Comentários:

Anonymous Anônimo disse...

Tito,um dos melhores, esse.

5:55 PM  
Blogger Unknown disse...

Vi todo o processo, do inicio ao fim, lindo, como sempre!

10:42 AM  
Anonymous Anônimo disse...

Um dos melhores mesmo

8:31 PM  

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