sexta-feira, abril 20, 2007

Poeticar II (ou Sobras de Kafka)

Lançar-se ao fogo
Chorar lodo
Comer porcos
Matar a vida

A barata em mim rompe meu exoesqueleto
E anda. Sempre faminta, sempre assustada, sempre pelos cantos, sempre pelo escuro, sempre pelas brechas.
Sempre.

Come os restos de comida velha
Defeca sobre os novos pães
Contamina nossa água e plantação

A doença moderna
Arrasta-se

Esmago-me sob meu próprio sapato,
Enquanto escuto
Os gritos de minha assustada mãe.

Tito de Andréa

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