E eu sempre quis ser uma dor de dentes
FERRO
Há dor apenas,
À dor apenas,
Todos os meus sonhos,
Todos os meus temores amados,
Toda a minha infância,
À dor apenas...
À dor...
Eu envio meus pés,
Que frios de morte tateiam o caminho,
Eu envio dedo por dedo para os martelos,
Eu envio minhas juntas ao ferreiro,
Que, com seus músculos cansados: corta o osso com o ferro,
E meus ossos são dor apenas...
À dor apenas...
Eu envio minhas fibras,
Meus coágulos,
Tudo é meu por direito,
O tremor,
A febre,
A alergia,
À dor!
Há dor
A mim!
Chamem as dores,
E digam que sempre as amei,
Que fui humano por elas,
E que sei!
Sei que fui amado,
Amado e por elas servido,
Fizeram de mim,
Menino-deus.
Há dor apenas,
À dor apenas,
Todos os meus sonhos,
Todos os meus temores amados,
Toda a minha infância,
À dor apenas...
À dor...
Eu envio meus pés,
Que frios de morte tateiam o caminho,
Eu envio dedo por dedo para os martelos,
Eu envio minhas juntas ao ferreiro,
Que, com seus músculos cansados: corta o osso com o ferro,
E meus ossos são dor apenas...
À dor apenas...
Eu envio minhas fibras,
Meus coágulos,
Tudo é meu por direito,
O tremor,
A febre,
A alergia,
À dor!
Há dor
A mim!
Chamem as dores,
E digam que sempre as amei,
Que fui humano por elas,
E que sei!
Sei que fui amado,
Amado e por elas servido,
Fizeram de mim,
Menino-deus.
1 Comentários:
uia...
poema bom esse
fazia tempo q eu no te lia neh ... mas td bem
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