terça-feira, junho 19, 2007

Tarde Azul

Na árvore e no medo estarei,
Sentado diante de tua janela,
Assistindo-te pentear os cabelos
Vivo e vivendo, sempre.

Calado e calando o silencio,
Estarei,
Sempre doente, sempre descrente
Pálido,
Azul e cinza.

Sempre rasteiro
Sorrateiro
Teu ladrão furtivo,
Favorito.

Sempre deitado, como um gato
Preguiçoso e pontiagudo
Ferirei tuas pernas, colorir-te-ei
Com meus sorrisos.

Sempre vendo e revendo,
Teu amanhecer vespertino
Teu sono velado
Sonâmbulo.

Sempre derramando sobre ti,
As frias mãos que te pertencem
Como se fossem de mim
O presente que anuncio.

Tito de Andréa

3 Comentários:

Anonymous Anônimo disse...

Que assim seja.

3:15 PM  
Blogger Lara disse...

Oh, e que bela sombra fazem os galhos! :~

5:29 PM  
Blogger Not I disse...

A escuridão que abraça a vela é um bom titulo. mas ainda nao é isso...é por ai...

gostei desses poemas. são tão doídos, tão, tão...

P.S.: tem um cara aqui de natal que publicou um livro chamado Poesias loucas e apaixonadas. Cruzes!

11:09 AM  

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