Caravana
O poema é um animal morto
O poema é um camelo com sede
O poema vagou por meses no deserto quente
Carregando nas costas os mantimentos da caravana
O poema é uma carcaça exposta ao sol
O poema é uma fria e feliz oferenda aos comensais
O poema deitou-se para dormir
E não se levantou jamais
O poema é um esquálido esqueleto
O poema é uma árida e infértil paisagem
O poema se esparrama em forma de deserto esperante
E anseia pela chuva
O poema é um resto desbotado
O poema é um preguiçoso predador acuado
O poema é uma serpente suicida, que morde a si mesma
E morre poema, a perda.
O poema é um camelo com sede
O poema vagou por meses no deserto quente
Carregando nas costas os mantimentos da caravana
O poema é uma carcaça exposta ao sol
O poema é uma fria e feliz oferenda aos comensais
O poema deitou-se para dormir
E não se levantou jamais
O poema é um esquálido esqueleto
O poema é uma árida e infértil paisagem
O poema se esparrama em forma de deserto esperante
E anseia pela chuva
O poema é um resto desbotado
O poema é um preguiçoso predador acuado
O poema é uma serpente suicida, que morde a si mesma
E morre poema, a perda.
1 Comentários:
O Poema é meu psiquiatra preferido
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial