Réquiem
Não sou amor.
Antes disso
Sou todo feito de anti-luz.
Não sou leveza
Antes de sê-la
Sou todo mármore fúnebre.
Não sou dia
Antes de sê-lo
Sou todo cemitérios, ébrios coveiros.
Não sou estrela
Antes de sê-la
Sou todo pedra escura, um mausoléu para a vida.
Não sou sonho,
Antes de sê-lo
Sou todo noite fria, tempestade de pó.
Não sou ternura
Antes de sê-la
Sou uma tartaruga lodosa, pântano e mangue.
Não sou amor,
Antes de sê-lo
Sou cadavérico, magro e doente,
Sou só cegueira, visão sangrada,
Sou só vilania, carne e pecado,
Sou só a visão
Da vida que vivia e que a terra comeu.
Tito de Andréa
Antes disso
Sou todo feito de anti-luz.
Não sou leveza
Antes de sê-la
Sou todo mármore fúnebre.
Não sou dia
Antes de sê-lo
Sou todo cemitérios, ébrios coveiros.
Não sou estrela
Antes de sê-la
Sou todo pedra escura, um mausoléu para a vida.
Não sou sonho,
Antes de sê-lo
Sou todo noite fria, tempestade de pó.
Não sou ternura
Antes de sê-la
Sou uma tartaruga lodosa, pântano e mangue.
Não sou amor,
Antes de sê-lo
Sou cadavérico, magro e doente,
Sou só cegueira, visão sangrada,
Sou só vilania, carne e pecado,
Sou só a visão
Da vida que vivia e que a terra comeu.
Tito de Andréa
2 Comentários:
do pó ao pó
Se eu disser que é genial, é clinchê?
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