Lillith
A ti,
Que de todos os pedaços, despedaça-me em menores ainda.
Que de todos os desejos, metamorfoseia-me em grandezas que desconhecia.
Que de tudo que sou, ainda mais, mesmo que aos poucos, mesmo que forte, mesmo que grande, mesmo que cansada, entediada, Viva.
A ti,
Que se cansa e descansa com a leveza de um sono de tarde.
Que chora à noite, sorri de dia e não sabe saber mais.
Que se mostra sem rosto, sem lágrimas; nua.
Que toca e transtorna o monstro-eu-que-nunca-senti.
Que mata e resgata os choros em colos.
Que recolhe e, enfim, cura as dores, tão mais minhas que do mundo.
Que esperneia infâncias e que derruba fronteiras do além-ver.
Ácidos e bases da alma.
A ti,
A quem foi prometida as terras de velhos mundos, velhas fronteiras sem terras e pomares frutíferos de frutas que não provarei.
Que repete mantras sem cor-nem-sabor, e que vela noites claras.
A quem primeiro foi sono, depois insônia e depois puro amor.
A quem foi primeira e segunda e então ensolarados sábados preguiçosos e lentos domingos.
A quem foi dado o tesouro, e que não o escondeu.
A ti,
O amor que prometeram a Adão e Eva e esconderam por mero capricho de uma culpa suculenta e velada:
- Temos vergonha, Senhor.
A ti perdões e maravilhas.
Mares, Ares e Afrodite.
A ti, enfim,
Meu eu.
Tito de Andréa
Que de todos os pedaços, despedaça-me em menores ainda.
Que de todos os desejos, metamorfoseia-me em grandezas que desconhecia.
Que de tudo que sou, ainda mais, mesmo que aos poucos, mesmo que forte, mesmo que grande, mesmo que cansada, entediada, Viva.
A ti,
Que se cansa e descansa com a leveza de um sono de tarde.
Que chora à noite, sorri de dia e não sabe saber mais.
Que se mostra sem rosto, sem lágrimas; nua.
Que toca e transtorna o monstro-eu-que-nunca-senti.
Que mata e resgata os choros em colos.
Que recolhe e, enfim, cura as dores, tão mais minhas que do mundo.
Que esperneia infâncias e que derruba fronteiras do além-ver.
Ácidos e bases da alma.
A ti,
A quem foi prometida as terras de velhos mundos, velhas fronteiras sem terras e pomares frutíferos de frutas que não provarei.
Que repete mantras sem cor-nem-sabor, e que vela noites claras.
A quem primeiro foi sono, depois insônia e depois puro amor.
A quem foi primeira e segunda e então ensolarados sábados preguiçosos e lentos domingos.
A quem foi dado o tesouro, e que não o escondeu.
A ti,
O amor que prometeram a Adão e Eva e esconderam por mero capricho de uma culpa suculenta e velada:
- Temos vergonha, Senhor.
A ti perdões e maravilhas.
Mares, Ares e Afrodite.
A ti, enfim,
Meu eu.
Tito de Andréa
1 Comentários:
De novo: se espremer sai mel, hein Tito =P
Ou, como se diz em mineirês: Nuh !
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial