quarta-feira, julho 04, 2007

Tarde cor-de-rosa

Dorme ao lado,
A leve verdade vespertina
Que jaz entre as flores
Róseas.

Dormimos, todos
E entre os dedos se enlaçam,
Mais dedos
Mais e mais. Milhares as mãos.

Deitamos a tarde fora.
E era calma e boa,
Leve e quente,
Como uma mãe,
Que nos acalma a dor
E embala o sono.

E deitou-se sobre o dia
O pólen e o cansaço;
E cansados
Cansamo-nos do pesar.

Sentamos então -
Como outrora - À janela,
De modo que pudéssemos ver:

Toda a tarde que renascia, enfim.

Cor-de-rosa.

Tito de Andréa

2 Comentários:

Anonymous Anônimo disse...

da sessão "poemas das tardes" esse pra mim, foi o melhor...

7:09 PM  
Blogger Rebeca Xavier disse...

e tem uma semente sorrindo aí.

5:49 PM  

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