quinta-feira, junho 21, 2007

Tarde Verde (escuro)

Há no concreto, estampado
O rosto de um homem
Fixo e simples,
Eterna testemunha.

Há nos olhos do cão,
Uma mais que verdade verdade.
Mais que completa solidão
Compressão.

Há no retângulo disforme
De mato vivo e espesso
Nas vespas e gotas que pairam,
Um resto, mesmo que morto.

O fim do vento vem a mim,
E em mim também, há o resto de algo.
Da janela e da flor;
Folha.

Eu, minhas filhas e irmãs
Com os restos de cores perversos
Assistimos ao escurecer da tarde;

Verde.

Tito de Andréa

1 Comentários:

Anonymous Anônimo disse...

Evolução explícita! Estou adorando esses 'novos' poemas!



Abração \o

3:47 PM  

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