Tarde Vermelha
Toma no copo
Em um gole, toda a tarde
Quente e infernal,
Dia de Julho.
Traga o inverno
Bebe-o de um gole só
Para ver se aplaca a chuva
Para ver se aplaca a calma.
A ira.
Bebe a vida
À vida,
Para ver se sobra algo
Só pra saber se algo resiste
E insiste,
Vive.
Bebe o ácido vagaroso
E pensa se ao menos,
Se ao menos às formigas,
Sobram as sobras.
Quebra e reparte
As mãos nos vidros
E deita e rola,
Sobre os restos caídos
De tua velha janela.
E encobre teu sujo chão
Com teu ainda mais sujo ser
E acalma a tarde
Que clama, reclama e insiste
Por teu torcido e retorcido corpo
Vermelho.
Tito de Andréa
Em um gole, toda a tarde
Quente e infernal,
Dia de Julho.
Traga o inverno
Bebe-o de um gole só
Para ver se aplaca a chuva
Para ver se aplaca a calma.
A ira.
Bebe a vida
À vida,
Para ver se sobra algo
Só pra saber se algo resiste
E insiste,
Vive.
Bebe o ácido vagaroso
E pensa se ao menos,
Se ao menos às formigas,
Sobram as sobras.
Quebra e reparte
As mãos nos vidros
E deita e rola,
Sobre os restos caídos
De tua velha janela.
E encobre teu sujo chão
Com teu ainda mais sujo ser
E acalma a tarde
Que clama, reclama e insiste
Por teu torcido e retorcido corpo
Vermelho.
Tito de Andréa
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