O baleeiro
O sol queimou-lhe a pele, as pedras feriram-lhe os pés, e a areia misturou-se ao pouco sangue. A praia estava manchada, e não era só o caçador de baleias quem estava perdido, o vermelho bruto e escuro no mar, e os pedaços de madeira molhada.
Há carne para uma vida e sal para dois dias.
Fogo para o inferno e madeira para duas noites.
Ele tremia de febre e ódio.
Monstro marinho abominável e grotesco. O homem vespa de arpão na mão e barco na terra.
Comer o óleo e beber a banha.
Frio? É a tua verdade que se encerra entre um nascer e uma pontada nas costas, o respirar lento e residual de um submarino de carne. Eu vejo seus olhos enquanto os outros olhos morrem, eu vejo os dois e sei quem vive no fim.
Já está mais morto.
Sua vista seca e sua pele é salgada, só ouve ondas e gemidos. Maldição.
Perdido nessa terra de meu Deus.
A peste das ilhas invade seu sangue e os Deuses adivinos no mar nadam e cantam.
O homem unicórnio com seu chifre erguido e atirado ao mar. Morre solidão.
Se de todos esses dias em um eu pudesse voltar ao mar.
Se de toda essa vida em uma eu pudesse matar novamente.
Quero de novo o sangue gelado na água quente.
Quero os olhos, a língua e as tripas.
A carcaça e a banha.
Vou para a África matar elefantes, no inicio do verão.
Vou destroçar girafas; cortar rinocerontes, traficar escravos e vender armas.
Sinto o ar em meus dedos e sinto falta da água.
Já que estou encalhado aqui. Morre, solitário.
O sol queimou-lhe a pele, e vista e o horizonte.
Observo-o por dias e ele apenas olha o mar, em busca de uma mancha qualquer.
Havia vida por toda vida, mas nadou para longe.
Carne, sangue e banha.
O caçador de baleia se aposenta.
Naufragado, ilhado e doente.
A febre do mar.
As baleias em nado.
Todo ouro vermelho, verde e branco daqueles demônios azuis.
Só me resta.
À forca
Tito de Andréa.
Há carne para uma vida e sal para dois dias.
Fogo para o inferno e madeira para duas noites.
Ele tremia de febre e ódio.
Monstro marinho abominável e grotesco. O homem vespa de arpão na mão e barco na terra.
Comer o óleo e beber a banha.
Frio? É a tua verdade que se encerra entre um nascer e uma pontada nas costas, o respirar lento e residual de um submarino de carne. Eu vejo seus olhos enquanto os outros olhos morrem, eu vejo os dois e sei quem vive no fim.
Já está mais morto.
Sua vista seca e sua pele é salgada, só ouve ondas e gemidos. Maldição.
Perdido nessa terra de meu Deus.
A peste das ilhas invade seu sangue e os Deuses adivinos no mar nadam e cantam.
O homem unicórnio com seu chifre erguido e atirado ao mar. Morre solidão.
Se de todos esses dias em um eu pudesse voltar ao mar.
Se de toda essa vida em uma eu pudesse matar novamente.
Quero de novo o sangue gelado na água quente.
Quero os olhos, a língua e as tripas.
A carcaça e a banha.
Vou para a África matar elefantes, no inicio do verão.
Vou destroçar girafas; cortar rinocerontes, traficar escravos e vender armas.
Sinto o ar em meus dedos e sinto falta da água.
Já que estou encalhado aqui. Morre, solitário.
O sol queimou-lhe a pele, e vista e o horizonte.
Observo-o por dias e ele apenas olha o mar, em busca de uma mancha qualquer.
Havia vida por toda vida, mas nadou para longe.
Carne, sangue e banha.
O caçador de baleia se aposenta.
Naufragado, ilhado e doente.
A febre do mar.
As baleias em nado.
Todo ouro vermelho, verde e branco daqueles demônios azuis.
Só me resta.
À forca
Tito de Andréa.